quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Análise 68: Fantasy Zone [Arcade]


Lançado em 1986 pela Sega, Fantasy Zone surgiu primeiro nos arcades, pouco tempo após a Konami lançar seu famoso TwinBee. Fantasy Zone  ficou marcado como o jogo que estrelou o primeiro mascote da sega ainda antes de Alex Kidd: a nave Opa-Opa. A jogatina ocorre com a nave em fases com várias bases (algo parecido com Sinistar) para destruir, cada uma deixando como recompensa uma moeda. Quando todas elas são destruídas, aparece o chefe de fase, que ao ser derrotado deixa para trás uma enorme quantidade de moedas, além de abrir a próxima fase. As moedas servem como dinheiro para compra de vários powerups que são inéditos para jogos dessa época: é possível comprar tiros maiores, ou mais potentes, e até asas e turbinas para sua nave ser mais ágil e forte. Sim, asas. Opa-Opa é uma nave que tem asas e pezinhos, o negócio é bem viajado mesmo. 

Esse jogo é impressionante, ainda mais considerando a época de lançamento
A possibilidade de criar pernas e andar dá um charme único
 O estilo de movimentação é muito parecido com o clássico Defender. Aliás, Fantasy Zone me parece a evolução de Defender. Aqui a movimentação é extremamente fluida e os inimigos não dão trégua, tornando o título bem desafiante. Como Opa-Opa tem pezinhos, ela pode pousar no chão, assim brotando os pés e ela vai andando até levantar vôo novamente. Nesse último ano pude jogar muitos jogos de tiro da década de oitenta, mas nenhum deles apresentou tanta variedade de ação como este petardo da Sega... 








Ao pegarmos um balão vermelho na fase, temos acesso a uma loja e podemos atualizar as armas, bombas o motor de Opa-Opa, como comentei antes. Cada vez que um novo item é comprado, eles se tornam mais caros progressivamente, e quando perdemos uma vida, perdemos os powerups. Assim, o jogador irá preferir jogar o máximo possível sem os powerups, deixando para gastar as moedas no final do jogo - que é casca grossa... Imagino quantas fichas isso aqui devorava, pois é absurdamente divertido e viciante. 
Prepare-se para ver muitas vezes o excelente efeito de explosão da nave...
É possível trocar entre as armas ao pegar um balão amarelo na fase. Todas as suas escolhas têm um timer, dessa forma a jogatina fica incrivelmente dinâmica. Os gráficos são incrivelmente coloridos como em um desenho animado e a movimentação é fluida. Os sprites dos inimigos são muito nítidos e os chefes sao um show à parte, compostos por vários sprites independentes, apresentando um resultado visual impressionante. O áudio tem um excelente e marcante baixo, definindo o ritmo do tiroteio desenfreado. 


Controles muito bem responsivos garantem um jogo desafiador e difícil, mas em nenhum momento frustrante. Fantasy Zone pode ser resumidamente descrito como uma mistura de Defender com Sinistar. No final das contas, é um verdadeiro clássico da Sega, mostrando já em 1986 como a desenvolvedora japonesa dava indícios do que viriam a ser seus jogos: os símbolos de uma geração inteira.