segunda-feira, 8 de maio de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 21: Momentos Difíceis no Atari

Quando eu comecei a Jornada Atari 2600 tinha apenas uma vaga ideia do que eu tinha pela frente. Eu sabia que jogaria vários clássicos, mas teriam jogos esquecíveis em uma maior proporção. Sabia também que haveriam surpresas positivas em jogos inesperados. O que eu não esperava era uma edição como esta que agora publico nessas linhas. O nível dos jogos caiu, mas caiu com vontade. Vamos ver nos próximos parágrafos o que mais aconteceu no ano de 1983 no Atari 2600.

Começamos por Motocross: é um jogo de corrida do naipe de Enduro, com motocross, mas sem o fator diversão, ficando repetitivo rápido demais. E até que o jogo é bonito... uma pena que é absurdamente lento e sem diversão. Depois veio Mr. Do!, que é mais um jogo de plataforma em tela fixa, mas que não funciona. Jogo completamente quebrado e sem possibilidade de passar de fase, pelo menos para mim. Mr. Postman segue o esquema do Mr. Do! mas pelo menos funciona um pouco. Um pouco só, ressalte-se. Daí quando eu achava que estava ruim, veio The Music Machine, que segue o esquema de Kaboom da Activision, no qual não podemos deixar as coisas caírem no chão. A temática é totalmente infantil e acho que seja desinteressante até para as crianças na época de seu lançamento.



O jogo Nightmare parece mesmo com um pesadelo. Nele controlamos um carinha em um cenário escuro com uma cobra no chão e várias aves no céu, com a missão de impedir que ele suba cordas para escapar em um helicóptero. A ideia em funcionamento é interessante, os controles funcionam bem, mas o jogo fica cansativo rapidamente. No Escape! lembra muito Breakout, mas com diferenças bem marcadas. Nele você precisa desviar de projéteis lançados pelos inimigos e acertá-los derrubando destroços na cabeça deles. Você faz isto atirando no teto, de forma bem simples. A dificuldade sobe rapidamente, o jogo diverte, mas minha grande reclamação dele é que é muito difícil enxergar os tiros na tela. Nuts é um jogo de tiro absurdamente sem graça... Não deu mesmo. E quando estava tudo em uma nota triste, cheguei a Oink!, que  é o tipo de jogo que nunca esperei jogar. É basicamente a história dos três porquinhos na qual temos de colocar blocos nas paredes que o lobo derruba ao soprar. Mesmo sendo um jogo bem feito, como quase tudo que a Activision fazia nessa época, enjoa rapidamente. Mas foi muito legal ver o conto infantil em formato de videogame.


Open Sesame é igualzinho o jogo I Want My Mommy, o qual já citei na edição anterior desta Jornada Atari. Out of Control a princípio me pareceu um jogo de tiro, com uma nave idêntica à de Asteroids. Mas nele você deve desviar de obstáculos e a nave é totalmente fora de controle, como entrega o título.  Não é muito divertido não... Phantom Tank me lembrou muito o jogo Combat, jogo de tanques que foi lançado bem no início da vida útil do Atari 2600. E até comecei me divertindo, mas alguns detalhes foram tirando a graça dele. Os tanques inimigos piscam o tempo todo de forma irritante, tendo aquele risco de mau epiléptico que vários jogos do 2600 apresentam. Mas o pior mesmo foi quando um dos meus tiros atravessou um dos tanques sem acertá-lo e depois na próxima rodada um outro tanque apareceu bem na minha cara depois que derrubei o anterior, sem nenhum tempo de reação para mim. Nada divertido, senhoras e senhores. Picnic é um jogo que eu ainda não consegui classificar. É estranho, muito estranho...


Em Piece o' Cake controlamos um cozinheiro que deve montar bolos em uma linha de produção. Jogo lento e sem nenhuma graça. Planet Patrol é um jogo de tiro com naves em progressão horizontal, lembrando um pouco o famoso Scramble, só que a progressão é da direita para a esquerda. É bem estranho para mim essa inversão de controle, mas o jogo é bem feito e até diverte. Depois de uma breve melhoria do nível dos jogos, começou mais uma sessão de bizarrices... Jogando Plaque Attack você controla uma espécie de seringa que precisa destruir placas dentro de uma boca, impedindo que consumam os dentes. Bizarro e difícil a níveis frustrantes, esse é um jogo da Activision que não é muito lembrado, e não é difícil perceber o porquê. Depois, para "manter o nível", passei para Pooyan, que é um shooter fixo totalmente bugado e não recomendável. 


Popeye é praticamente "injogável", em minha opinião uma ofensa ao desenho clássico. Porky's segue a linha de Popeye, sendo igualmente ruim. Private Eye é outra atrocidade... E com estes últimos comentários, vou terminando mais uma edição da jornada Atari 2600. Nesta edição o melhor jogo foi Oink!, disparado... Isso diz tudo sobre os jogos que joguei nesta remessa do catálogo de 1983. Que venham melhores momentos nas próximas edições!

Destaque: Oink!
Piores momentos: Mr. Do!, Mr. Postman, Music Machine, Nuts, Popeye, Porky's


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