sexta-feira, 26 de maio de 2017

Análise 61: Gradius [Arcade]



Desde que decidi analisar jogos antigos aqui no blog, Gradius é um dos títulos que estou planejando analisar. Como eu resolvi falar primeiro dos jogos mais antigos, sempre fui adiando a análise deste aqui. Eu sempre pensava: como eu poderia falar de Gradius sem analisar Space Invaders primeiro? Seria isto possível sem que antes eu analisasse Scramble, Galaga, Xevious, entre outros? Com certeza sim, mas existe uma satisfação em fazer as coisas na ordem que eu não sei explicar. TOC talvez? Talvez... Ou talvez seja apenas um capricho a mais, a alegria em navegar pelos clássicos e tecer opiniões com críticas e elogios. O prazer em curar informações sobre esses jogos, que apesar de amplamente badalados e falados, aqui posso fazer do meu jeito e como eu quero. Desde abril de 2016, quando escrevi a análise sobre Defender, a cada postagem eu vinha pensando "na próxima vou abordar Gradius", mas toda vez que eu publicava uma análise, surgia algum jogo que eu ainda não havia conhecido. Mas hoje eu decidi que é o momento de falar sobre Gradius, enfim. 


A belíssima arte japonesa do jogo.

Gradius é um jogo de tiro com naves em uma visão lateral a exemplo de Scramble, e assim como ele, aproveita do side scrolling lateral para ditar o ritmo da progressão, sendo um dos jogos mais importantes a popularizar o efeito. Dirigido por Hiroyasu Machiguchi foi lançado pela Konami para fliperamas em 1985, sendo eventualmente lançado para NES e vários outros consoles em suas sequências. No controle da nave Vic Viper é preciso atirar em ondas de inimigos, inicialmente não muito difíceis, mas com aumento rápido da dificuldade. Há uma ênfase em melhorias dos tiros, os chamados power-ups, que embora sejam absurdamente comuns hoje em dia, na época eram uma novidade. Isso permitiu que o jogo aumentasse os desafios, gerando situações frenéticas como não se viam em jogos da época. Me parece que foi aqui que começaram várias ideias que formariam o estilo bullet hell anos depois.  










Gradius deixou sua marca na história de Konami e dos Videogames, e é até hoje muito lembrado. Aqui, uma carta do jogo Yu-Gi-Oh! homenageando este clássico. Mas deixo aqui registrada minha crítica de que essa carta deveria ter uns 3000 de ataque, e não apenas 1200...

Outro ponto de destaque em Gradius são os chefes de fase: estruturas complexas para a época com um ponto fraco, normalmente um núcleo. Foi daqui que se popularizou a frase "Destroy the Core!", influenciando permanentemente a estrutura dos jogos de ação até os dias de hoje. Então, Gradius é um excelente jogo que influenciou praticamente uma geração inteira e originou uma franquia inteira de shooters aclamados mundo afora... Mas este primeiro título é divertido de se jogar? 




Gradius é desafiante: os inimigos não dão trégua e atiram de todos os lados, obrigando o jogador a manobrar a nave constantemente. Não é apenas sobre acertar muitos alvos, mas sim sobre sobreviver aos ataques e seguir em frente. Para isso é preciso dedicação para aprender os padrões dos inimigos e memorizar as fases, o que aumenta a vida útil do jogo. Os power-ups são um dos pontos altos do jogo, assim como o sistema de pontuações, que após o game over, pede que o jogador informe seu gênero, signo e nome para entrar no ranking. 





O tiroteio desenfreado a absurdo só pode ser sobrevivido com os power-ups


Os gráficos são detalhados e até parecem um jogo de mega drive em alguns momentos, mostrando um visual avançado para 1985. Os sons dão o tom épico que faz de Gradius um clássico, e a música é simplesmente sensacional e memorável. Os controles também funcionam maravilhosamente bem. Gradius é puxado e difícil mas não é frustrante. Requer dedicação, mas a satisfação de vencer as etapas é recompensadora, valendo a pena todos a experiência. Respondendo à pergunta principal na análise, sim, Gradius é excelente e merece todo o status de clássico que recebe até hoje.


 

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