quarta-feira, 19 de abril de 2017

Análise 56 - Blaster [Arcade]


Desenvolvido por Eugene Jarvis e lançado pela Williams para os arcades em 1983 - hoje em dia uma máquina extremamente rara de se achar - é um jogo de tiro em 3D em primeira pessoa no qual controlamos uma nave. Pela história podemos perceber que é uma espécie de sequência de Robotron 2084, embora tenha um sistema de jogo completamente diferente. Como diz o anúncio do jogo na época, trata-se de um simulador espacial em primeira pessoa, e surpreendentemente é isto mesmo que Blaster entrega: um dos shooters mais divertidos e intensos da primeira metade da década de 1980.



O incrível gabinete de Blaster


Os gráficos têm um estilo vetorial assim como Defender e Robotron 2084, e os sons seguem o mesmo caminho. Devemos atirar em inimigos e eventuais asteróides pelo caminho, com a movimentação da nave praticamente fixa e determinada para frente. Junto com Tempest, este parece ser um dos precursores do que chamamos hoje de Rail Shooters - jogos como Star Fox, Panzer Dragoon, House of the Dead, entre outros. Falando em Star Fox, é muito interessante como Blaster parece ser uma versão em protótipo do clássico de Super NES. Os controles da nave determinam para onde o tiro é mirado, e é possível evadir de obstáculos e destroços de inimigos abatidos.



A nave ao perder toda a energia. Repare na busca pelo realismo
e imersão do jogo ao mostrar o "pára-brisa" trincado

Se isto não lembra Star Fox - ou será se Star Fox não lembra isto -
então não sei de mais nada.
  


Cada seção do jogo tem um motivo diferente, indo desde tiroteio desenfreado até resgate de astronautas à deriva. A nave possui uma barra de energia, que quando zerada, resulta na perda de uma "vida". O jogo fica intenso rapidamente com um nível de dificuldade característico daquela época nos fliperamas. A movimentação dos elementos na tela é ágil e fluida, passando muito bem a sensação de estar pilotando uma nave. No Midway Arcade reasures de PS2 já foi muito bacana a sensação de controle, fico imaginando o impacto de Blaster nos arcades em 1983. 



 

As características de Blaster convergem para um jogo impressionante. É estranho que não seja um jogo tão lembrado hoje em dia, pois na época usou muito bem seus recursos para mostrar um jogo a frente de seu tempo. Se você gosta de Rail Shooters, recomendo conhecer Blaster - provavelmente vai ficar rapidamente envolvido neste tiroteio tridimensional. Recomendadíssimo!

 

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