sexta-feira, 28 de abril de 2017

Análise 57: Sinistar [Arcade]



Ainda no clima das postagens da Jornada Atari 2600, na qual estou jogando os jogos lançados em 1983 para Atari 2600, joguei recentemente outro jogo de arcade dessa época: Sinistar. Em 1983 a Williams Electronics lançava Sinistar para os fliperamas/arcades. Para ser bem sincero, fui saber da existência de Sinistar somente ano passado em 2016 por causa daquela maravilhosa coletânea de PS2 chamada vocês-sabem-o-nome que eu vivo jogando e usando para análises aqui no blog. Nunca vi uma máquina de Sinistar na minha frente - e para ser ainda mais sincero, nunca vi pessoalmente uma máquina de arcade dos jogos analisados aqui no blog. Mas tive o privilégio de poder jogar tais jogos, assim como tive o privilégio de jogar Sinistar.



Trata-se de um shooter multidirecional aos moldes de Bosconian, porém com uma estrutura de fato bem diferente. Não é apenas sobre reflexos, mas Sinistar é sobre paciência. Sim, meus caros, paciência. Nas minhas primeiras rodadas jogando, obviamente sem ler instruções sobre o jogo,saí espalhando tiros pelo espaço, desviando de fogo inimigo, até que eventualmente uma enorme cabeça em forma de caveira engolia e explodia minha nave. E assim sucessivamente até o game over. Imaginei que se eu fosse mais esperto, poderia evitar o ataque, mas não. era sempre uma questão de tempo até a caveira me pegar e eu não podia fugir. E conforme a caveira me chamava de covarde com uma voz digitalizada muito interessante - lembrando muito Bosconian - o jogo pedia minhas iniciais para registrar a pontuação.

 

Depois de digitar covardemente algumas iniciais, eu resolvi dar uma lida na premissa do jogo e tentar entender seus detalhes, pois não era possível que um jogo "high profile" da Midway fosse tão frustrante. Devia haver uma forma de lutar contra a caveira gigante - ou melhor, lutar contra Sinistar. E realmente é esse o foco do jogo. Aqui, controlamos uma nave em uma espécie de ataque individual em zonas diferentes. Pelo cenário estão espalhados asteróides/planetóides no qual podemos atirar - e de fato no início eu desisti de atirar neles, pois eles não explodiam facilmente. Pois bem, atirando o suficiente eles liberam umas "bolinhas" brancas que o jogo chama de cristais. Esses cristais formam as "Sinibombs", que a partir daqui vou chamar de bombas sinistras. O jogador precisa formar essas bombas antes que a caveirona ataque, e então buscar destruí-la usando as bombas antes que ela fique completa. E eu sei que já vi isso antes em Star Wars: Uma Nova Esperança.


É preciso agilidade para juntar as bombas, e os inimigos podem até roubar cristais de sua nave, impedindo que a estação bélica/caveira sinistra seja destruída. Os gráficos têm um estilo pixelizado, mas alguns efeitos de explosões são vetoriais, como em Defender. Os sons são impressionantes para o ano de lançamento, com voz digitalizada de Sinistar - creditada a um famoso radialista norte-americano da época chamado John Doremus - sempre provocando o jogador: "Beware, I live"; "Run, Coward!"; entre outras. Os sons das explosões colocam o jogo no clima certo, sendo este creditado como o primeiro título a usar som stereo.

 

Os controles são ágeis e respondem maravilhosamente, movimentando a nave em oito direções. Paciência e agilidade devem ser dosadas nesse jogo, pois se tentarmos destruir um planetóide rápido demais, ele explode sem deixar cristais para o jogador. Os inimigos também não dão trégua, e como eu disse antes, podem roubar cristais preciosos do jogador. Assim, concluo esta análise dizendo que Sinistar é um jogo sobre paciência, ritmo e agilidade - ou seja, sobre o timing correto das coisas. Infelizmente este jogo não ficou tão famoso quanto outros petardos da época. Talvez seja reflexo da crise dos videogames de 1983 (assunto do qual eventualmente discorrerei no futuro), porém mesmo assim este jogo poderia e deveria ser mais conhecido pelos jogadores. Desafiante e divertido ao extremo, Sinistar dá um aviso claro a quem jogá-lo hoje em dia: "Cuidado, eu vivo". 


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 18: O Nível dos Jogos Continua Alto

Após uma semana fora das publicações - mas não sem escrever - volto às teclas com café ao lado antes de mais um dia de trabalho. Aqui tenho o prazer de expressar minha ideias sobre um hobbie de que tanto gosto: jogos antigos. E aqui continuo firme e forte com mais uma edição da Jornada Atari 2600, coluna esta na qual me propus a jogar todos os jogos do Atari 2600 mais ou menos em ordem de lançamento. Mais ou menos porque a cada ano de lançamento, sigo uma ordem mais ou menos alfabética. Essa imprecisão porém, não impede de mostrar o cenário em que este console viveu em seu auge. O ano é 1983, e ainda teremos muito o que falar sobre este ano. Hoje, porém, o foco são os jogos a seguir. 

Alien's Return é mais um jogo estilo labirinto à-la Pac-man, mas lento e irritantemente monótono. Assault é um shooter estilo Space invaders com uma boa movimentação e velocidade que tinha tudo para ser divertido, porém os controles derrubaram o que seria um bom jogo. Para atirar, é preciso apontar o direcional para cima, e assim sacrificamos qualquer precisão que poderíamos ter na movimentação, fator fundamental para um bom jogo de tiro. Uma pena. E assim segui com os jogos desta edição... Bank Heist a princípio me causou rejeição pelo nome: não acho que um jogo com a premissa de assalto a banco seja algo legal (E mesmo assim, gosto muito de GTA. Que hipocrisia, não?), mas logo ao começar, me apaixonei pelo jogo. Sim senhoras e senhores, estou sendo hiperbólico, mas esse jogo merece. Bank Heist aborda o estilo labiríntico de Pac-man como poucos outros jogos: nele controlamos um carrinho que mais lembra um fusca e coletamos dinheiro espalhado pelo caminho - portanto nem é um assalto... E a cada dinheiro que pegamos, carros começam a perseguir o  fusquinha esperto. O jogo é simples de jogar mas diverte muito. Uma grande surpresa escondida no Atari 2600, vale muito a pena conhecer.






Beamrider é mais um shooter, porém é tão bom que só podia ser da Activision. É um jogo de tiro com naves em progressão vertical com um ângulo de visão em perspectiva com uma excelente sensação de profundidade e distância nos cenários e naves inimigas, lembrando muito o jogo Silpheed de Sega CD que meu grande amigo Cassio destrinchou em seu blog Junk Tech. Excelentes controles completam este clássico, que não faço ideia do porquê de não ser super famoso e conhecido. Depois desses grandes momentos na Jornada, era o momento de jogar Bobby Is Going Home, que tenta ser um jogo de plataforma estilo Pitfall, mas não rolou. O jogo é lento, com um ritmo quase glacial.  Boing! É um clone de Q*Bert muito bem feito. Controlamos uma bola de futebol que deve fugir de inimigos, agulhas e ainda preencher todos os quadrados no cenário. Jogo bem feito e divertido, recomendado apesar de não ser original. Bump 'n' Jump é um jogo de carros com visão aérea lembrando vagamente o Spy Hunter. Nele podemos fechar carros e inimigos, além de precisar saltar para sobreviver ao percurso. É um jogo frustrante de difícil, mas apesar disso é divertido e interessante. China Syndrome é um jogo interessante de puzzle e reflexos rápidos explorando as cores primárias. É original, mas não segura por muito tempo.


Mal suspeitava eu de que o próximo jogo seria absurdamente surpreendente. Chuck Norris Superkicks é um jogo de ação com um estilo todo próprio: você começa controlando o Chuck Norris em uma estrada e entra em batalhas aleatórias  (!!!) como em um RPG mesmo. Ao mudar de tela assumimos o controle livre do personagem em lutas. É um jogo muito ambicioso para o Atari 2600 e ainda por cima funciona muito bem. O problema são os controles, que exigem uma combinação entre direcional e o botão de ação para realizar chutes ou socos. Fica meio frustrante, mas eu entendo que isso é mais uma limitação do Atari em si do que um problema com o jogo. Congo Bongo é um clone obscuro de Donkey Kong, porém realmente não funciona bem - pelo menos a versão de Atari 2600. Crackpots é um jogo curioso: nele você precisa derrubar potes de flores sobre aranhas antes que elas subam pelo muro. É surpreendentemente divertido, com ótimos controles. O cenário foi reciclado diretamente de Keystone Kapers... Mas como é da Activision, acho que eles podem...


Crash Dive é mais um excelente jogo de tiro com estilo em scroll lateral, lembrando Scramble e Gradius. Nele controlamos um avião que faz as vezes de submarino, podendo mergulhar no oceano. Os controles são excelentes, os gráficos muito bem feitos e cheios de pequenos detalhes, como o espirro de água quando a aeronave mergulha... Vale muito a pena conhecer. Cross Force aborda o estilo shooter de um jeito muito original: nele, controlamos duas barras - uma em cima e a outra na parte de baixo da tela. No meio da tela há inimigos que atiram em suas barras. Ao usar o botão de ação, uma espécie de raio surge entre as duas barras destruindo o que estiver no caminho. O jogador deve manobrar essas barras e destruir alvos para aumentar a pontuação. Os controles são bons e o jogo é divertido, mas prepare-se para um alto nível de dificuldade. Death Trap é um jogo de tiro no qual temos que destruir duas armas enormes com uma barra de energia que leva a eternidade para descer... Os controles são bons e o jogo é inteligente em seus pequenos detalhes, mas exige muita paciência em um gênero que acabei de inventar: "comer a sopa pelas bordas simulator". Pessoalmente, não consegui toda essa paciência, como vocês devem imaginar.
 
Em Dolphin controlamos um golfinho que deve fugir de algo parecido com uma lula gigante. Os controles são bons e é preciso aproveitar as correntezas para ganhar velocidade. Esse jogo faz um excelente trabalho em transmitir a sensação de suspense conforme a lula se aproxima. Um jogo muito bem feito, mas não se esperava menos da Activision nessa época. Finalizando os jogos da edição, Donkey Kong Junior é uma conversão do original de Arcade. Ano passado publiquei aqui no blog a análise da versão de NES - que pode ser lida aqui. Esta versão do Atari 2600 é bastante simplória e com controles inferiores ao arcade e ao NES, como esperado. Mas isso não impede que seja um bom jogo. É um título até surpreendente para o Atari 2600 que cumpre bem a proposta do jogo original, exigindo reflexo, velocidade e alguma estratégia.

Mesmo em versão reduzida, Donkey Kong Jr é inconfundível.

E aqui termina mais uma edição da Jornada Atari 2600, na qual estou a passos largos de jogar todos os jogos da biblioteca de Atari 2600. Essa foi mais uma edição muito divertida, e a essa altura do catálogo do velho Atari, posso dizer que o console tem muitos mais jogos bons do que eu esperava. Com certeza o velho Atari 2600 é uma agradável surpresa.

Destaques: Beamrider, Bank Heist, Chuck Norris Superkicks, Cross Force, Dolphin, Donkey Kong Junior.
Piores momentos:  Alien's Return, Bobby is Going Home, Congo Bongo. 


quarta-feira, 19 de abril de 2017

Análise 56 - Blaster [Arcade]


Desenvolvido por Eugene Jarvis e lançado pela Williams para os arcades em 1983 - hoje em dia uma máquina extremamente rara de se achar - é um jogo de tiro em 3D em primeira pessoa no qual controlamos uma nave. Pela história podemos perceber que é uma espécie de sequência de Robotron 2084, embora tenha um sistema de jogo completamente diferente. Como diz o anúncio do jogo na época, trata-se de um simulador espacial em primeira pessoa, e surpreendentemente é isto mesmo que Blaster entrega: um dos shooters mais divertidos e intensos da primeira metade da década de 1980.



O incrível gabinete de Blaster


Os gráficos têm um estilo vetorial assim como Defender e Robotron 2084, e os sons seguem o mesmo caminho. Devemos atirar em inimigos e eventuais asteróides pelo caminho, com a movimentação da nave praticamente fixa e determinada para frente. Junto com Tempest, este parece ser um dos precursores do que chamamos hoje de Rail Shooters - jogos como Star Fox, Panzer Dragoon, House of the Dead, entre outros. Falando em Star Fox, é muito interessante como Blaster parece ser uma versão em protótipo do clássico de Super NES. Os controles da nave determinam para onde o tiro é mirado, e é possível evadir de obstáculos e destroços de inimigos abatidos.



A nave ao perder toda a energia. Repare na busca pelo realismo
e imersão do jogo ao mostrar o "pára-brisa" trincado

Se isto não lembra Star Fox - ou será se Star Fox não lembra isto -
então não sei de mais nada.
  


Cada seção do jogo tem um motivo diferente, indo desde tiroteio desenfreado até resgate de astronautas à deriva. A nave possui uma barra de energia, que quando zerada, resulta na perda de uma "vida". O jogo fica intenso rapidamente com um nível de dificuldade característico daquela época nos fliperamas. A movimentação dos elementos na tela é ágil e fluida, passando muito bem a sensação de estar pilotando uma nave. No Midway Arcade reasures de PS2 já foi muito bacana a sensação de controle, fico imaginando o impacto de Blaster nos arcades em 1983. 



 

As características de Blaster convergem para um jogo impressionante. É estranho que não seja um jogo tão lembrado hoje em dia, pois na época usou muito bem seus recursos para mostrar um jogo a frente de seu tempo. Se você gosta de Rail Shooters, recomendo conhecer Blaster - provavelmente vai ficar rapidamente envolvido neste tiroteio tridimensional. Recomendadíssimo!

 

terça-feira, 18 de abril de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 17: O Atari com seus Altos e Baixos

Continuando com a épica Jornada Atari 2600, na qual me propus a jogar todos os títulos deste console ano a ano - portanto, mais ou menos em uma ordem cronológica de lançamento - chegamos à edição de número 17.

Comecei com Ms. Pac-Man, que para minha agradável surpresa não é a bomba que foi a versão de Pac-man no Atari. Mesmo assim, está bem longe de ser a maravilha do arcade. Mesmo assim se destaca entre os jogos do console, é tudo o que o primeiro Pac-man deveria ter sido considerando o hardware do velho Atari. Depois de me divertir nesses labirintos, parti para Obelix, que seguiu o caminho de Asterix: foi decepcionante. Não dá para classificar o gênero desse jogo, de tão "injogável." que ficou. Pepsi Invaders por sua vez nada mais é que Space Invaders com letras do nome Pepsi no lugar dos aliens. Pigs in Space é um dos clones mais descarados de Space Invaders que eu vi nesta Jornada Atari 2600, e olha que eu vi muitos clones de Space Invaders. Este aqui está concorrendo ao Oscar do plágio. É uma versão meio bugada, com personagens dos Muppets, e você deve atirar em frangos vindos do espaço... Que doideira.



Polo é um jogo que carrega a licença da Ralph Lauren, em uma partida de Polo um contra um com estilo Pong. É um jogo muito legal, uma surpresa na safra desta edição. Pole Position é outro port do arcade que me surpreendeu. Eu esperava que fosse chato e lento, mas tem ótimos gráficos e um controle decente, apesar de ser bem mais difícil que o fliperama. Quadrun é uma (mais uma!) psicodelia sem sentido no Atari. RealSports Soccer é um futebol 3 contra 3 sem goleiro para dois jogadores. Aqui os fundamentos do esporte estão ainda muito primitivos e crus, mas os gráficos e movimentação dos personagens são bons. Pelé's Soccer ainda é o melhor futebol do Atari 2600. RealSports Tennis por sua vez traz todas as regras do Tênis para o jogo, é bonito de ver em movimento, tem excelentes controles, portanto é muito divertido. Joguinho dinâmico e veloz, vale muito a pena conhecer. Um dos melhores jogos de esportes no Atari 2600.



Snoopy and the Red Baron é um shooter muito bem feito no estilo Defender, com ótimos visuais e fiel ao desenho. Gostei muito deste aqui e recomendo. Sorcerer's Apprentice traz o Mickey aprendiz de feiticeiro, em um jogo basicamente sem objetivos: você deve acerta com magia uns pós mágicos que caem do céu - ou algo do gênero. Lembra um pouco Space Invaders, mas sem nenhuma dificuldade, pois aparentemente não é possível perder. Apesar disso é um jogo simpático e capaz de divertir, estranhamente e surpreendentemente.



Swordquest: Fireworld e Swordquest: Waterworld são ambos clones de Adventure, mas super bugados e com jogabilidade quebrada em muitos momentos. As cores desse jogo me deram dor de cabeça, então como médico, recomendo aos epilépticos evitar esse tipo de jogo. Taz segue a linha do Asterix e pelo jeitão da tela inicial, parece ser dos mesmos criadores, portanto não há muita diferença. Joguinho não recomendável. Track & Field é sobre corrida em 100 metros rasos, vencendo quem conseguir maltratar mais o controle. A lista de jogos lançados em 1983 por third parties é longa, portanto ainda temos umas várias edições até o final da biblioteca do Atari 2600.
                     
     

Análise 55: Ultima II [PC]

A belíssima capa de Ultima II

No início da década de 1980, dois jogos fundaram os alicerces para os RPGs eletrônicos: Ultima e Wizardry. Embora sejam jogos que exijam muita paciência e dedicação do jogador devido suas altas dificuldades e complexidade em vários níveis, são títulos capazes de divertir e envolver o jogador. Como o amigo leitor deve imaginar, eu não zerei nenhum dos dois. Não por não serem bons, mas são verdadeiros ossos duros de roer. Eles demandam uma paciência, um aprendizado por meio de tentativa e erro - o que demanda muito tempo. Um tempo que infelizmente no momento não tenho. Memso sem destrinchá-los, pude me divertir com eles. Ultima, por exemplo, apesar de não dar muitas dicas dentro do jogo, tem suas localidades bem posicionadas e um jogo equilibrado apesar de às vezes ser impiedoso. Wizardry tem por sua vez seu carisma que nos convida a Gilgamesh's Tavern, e a montar uma party para explorar o calabouço. Em suas análises, embora não tenha zerado, foi tempo o suficiente para sentir o teor desses jogos, e quem sabe um dia eu me dedico a esses jogos como eles merecem. Mas aqui e agora falarei sobre Ultima II, e é aqui em que eu traço o contraponto - a oposição deste jogo a seu precursor.
Coitados dos meus personagens em Ultima II...

Com o subtítulo de The Revenge of The Enchantress, Ultima II foi lançado para computadores em 1982, continuando a saga interplanetária de Lord British. Em Ultima II criamos nosso personagem assim como no primeiro Ultima. O jogo continua em visão aérea, intercalando com os calabouços em primeira pessoa. Os gráficos seguem basicamente a mesma fórmula do primeiro sem melhorias - na realidade, eu preferi o visual do primeiro. Eu tentei jogar algumas vezes, mas ainda não encontrei nenhuma localidade, pois logo ao começar meu personagem está sem armas - apenas com as mãos para se defender - e o mapa é lotado de inimigos. Ao tentar atacá-los, poucas vezes o golpe acertou, enquanto os golpes deles sempre me acertavam ou paralisavam meu personagem. Portanto a cada jogada eu basicamente assistia a meu personagem chegar a zero de HP e ter uma tela de game over. Não há facilitismo do jogo nem para começar a jogar, e pessoalmente eu não consegui fazer nada sem recorrer a um guia. E no momento em que somos obrigados a recorrer a um guia em um jogo com um terreno enorme para percorrer e sem varações de cenário e história, temos um jogo no qual trabalhamos - e não jogamos. 

Uma das muitas vezes em que fiquei encurralado, sem nem mesmo
conseguir antes uma armadura, ou armas melhores.


Sinceramente, eu não consegui me interessar por um jogo no qual eu "trabalho" (ressalte-se as aspas) sem receber recompensas de diversão e satisfação com a jogatina. Isto posto, diferentemente do primeiro jogo da série Ultima, a segunda parte é frustrante e nada atraente para jogar. Não trouxe nada de novo ao gênero RPG que seu antecessor - ou Wizardry - já não tenha feito antes e muito melhor do que Ultima II. Não à toa é o jogo menos querido desta enorme série de RPGs. Você não joga Ultima II, você trabalha nele. E sem nenhum retorno em forma de satisfação, ou diversão, ou uma boa história, não há mesmo nenhum bom motivo para jogá-lo. Isso, é claro, é apenas uma opinião pessoal de alguém que tentou jogar Ultima II, não conseguiu e acabou se frustrando. Se um dia eu conseguir conhecer melhor o jogo e mudar minha opinião, terei o maior prazer em compartilhar minha experiência por este blog de que tanto gosto. Talvez eu não esteja pronto para esse jogo. Mas pelo momento, não gostei de Ultima II.


domingo, 16 de abril de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 16: Feliz 1983!


Continuando com mais uma edição da Jornada Atari 2600, joguei títulos lançados em 1983, seguindo mais ou menos uma ordem alfabética. Bem mais ou menos, porque os títulos estão embaralhados pelas próximas edições que estão por vir nessa nova fase. Nesta edição temos vários ports de jogos de arcade, alguns excelentes e outros que não se saíram tão bem assim. Sem mais delongas, vamos lá.

Começando por Asterix, eu esperava algo na linha de Donkey Kong... Mas o que apareceu foi na verdade um jogo no qual controlamos a CABEÇA do Asterix como se ele fosse o Pac-man e precisamos quebrar vasos acumulando pontos. Ao tocar em coisas que mais parecem harpas (???) perdemos uma vida. Que jeito de usar uma boa franquia, hein Atari! Depois de uns minutos quebrando vasos com a cabeça, fui para Battlezone. Este aqui é um port dos Arcades, que ficou famoso em 1980 por ser um jogo de tiros tridimensional com tanques de guerra. Eu estava esperando um desastre, mas o que eu encontrei foi um jogo muito bem feito com visuais inacreditáveis no Atari e uma boa movimentação. Divertido ao extremo, mas um pouco difícil demais. Daí fui para Big Bird's Egg Catch é mais um jogo esquisitão no qual pegamos ovos antes que caiam no chão... Tsc, tsc... Crystal Castles tenta ser um jogo isométrico de ação, mas os controles travados impedem qualquer progressão. Portanto infelizmente ele foi uma perda de tempo. Daí vieram alguns nomes de peso, direto dos fliperamas.


Dig Dug é um port competente do arcade, ou seja, muito divertido. Os visuais estão obviamente menos coloridos mas ainda funcionam muito bem, e o jogo ficou bastante fiel ao arcade. Gostei muito dessa versão. Ainda tinha outro petardo da Namco: Galaxian é bastante fiel ao original, e está em excelente forma no Atari 2600. Os inimigos estão um pouco mais difíceis de acertar do que no original, mas neste caso vou considerar isto como um ponto positivo: Galaxian no Atari 2600 ficou até um pouco melhor que o já excelente jogo de arcade. Mais um port de Arcade, Gravitar é um que eu nunca havia jogado antes. Portanto conheci primeiro a versão do Atari. O jogo lembra bastante o incrível Asteroids, mas com naves - e sem asteróides - e no meio do cenário uma estrela que sempre está puxando a nava para ela, com um efeito de gravidade muito interessante. Daí o título do jogo. Como eu sou fã de Asteroids, gostei bastante desse título, fiquei até curioso para conhecer a versão de arcade. Joust é um jogo no qual eu sou uma completa pereba jogando. No original eu apanhei muito da máquina e nesta versão também. A adaptação ficou muito bem feita na minha opinião, e mesmo sendo osso duro de roer, é um jogo divertido e um port muito bem feito.


Jungle Hunt tenta fazer como Pitfall no estilo plataforma 2D. O jogo esbanja simpatia e é divertido de se jogar, mas não tem a mesma precisão e polimento do clássico da Activision. Mesmo assim vale conhecer. Kangaroo coloca você no controle de um canguru boxeador, em um estilo de jogo que lembra Donkey Kong de Arcade, maso personagem é muito lento e os controles travados, perdendo assim a diversão. Krull é um jogo medieval estilo Dragonfire no qual você tem de proteger uma donzela em apuros. O jogo tem uma dificuldade brutal, mas é divertido e tem bons controles, valeu a jogada. Falando novamente de um clássico dos Arcades trazido para casa via Atari, temos Mario Bros., que ficou horroroso nessa versão. Os controles estão escorregadios, e a única coisa que lembra o original de Arcade é o bonequinho do Mario. Recomendo passar bem longe. Outro clássico que não se deu muito bem na transição para o console, Moon Patrol já não ficou muito bem. Os controles ficaram lentificados, dificultando muito sobreviver às hordas de inimigos, além dos saltos que ficaram bem mais difíceis. Ficou bonito no Atari, mas perdeu seu brilho que estava nos ótimos controles do original.


Esta foi mais uma edição da Jornada Atari 2600, em minha opinião com um grande aumento na qualidade dos jogos. O Atari 2600 fez bonito ao levar os arcades para casa, mesmo com as perdas envolvidas no hardware. Impressionante para a época, não?

Destaques: Battlezone, Dig Dug, Galaxian, Gravitar, Joust.
Piores momentos: Asterix, Big Bird's Egg Catch, Crystal Castles, Mario Bros.


sábado, 15 de abril de 2017

Knights of Pen and Paper: Uma Ode aos RPGs

Há tempos um RPG indie chamou minha atenção por sua premissa e estilo: Knights of Pen and Paper. Apesar de ter me chamado a atenção a pixel art, o que manteve minha atenção foi mesmo a jogabilidade junto com uma tonelada de referências aos arquétipos do RPG. Aqui, o foco é exatamente uma mesa de RPG com papel e caneta. Controlamos jogadores se divertindo em várias jornadas e interagindo com o mestre de jogo que conduz a narrativa. Os eventos e a história do jogo vão sendo conduzidos por "quests" que vão desde enfrentar inimigos e ganhar xp e itens, até  escoltar personagens de um lugar para outro. As passagens narradas pelo mestre de jogo dão margem para a imaginação do jogador e aqui os desenvolvedores foram muito felizes ao transmitir o sentimento de reunir os amigos para jogar RPG. Confesso que eu mesmo fiquei com muita vontade de fazer uma reunião dessas depois de jogar KPP.


A jogatina começa ao criar seu personagem: cada um é um estereótipo diferente, indo desde o roqueiro, o nerd, o engravatado, o irmão mais novo, e até a avó e o entregador de pizza. Escolhido o tipo de personagem, escolhemos a classe, como em um RPG de mesa - a exemplo de Ultima - que envolve os típicos guerreiro, mago, clérigo, caçador, druida, paladino e ladrão (rogue). Logo no primeiro cenário o mestre de jogo narra a situação: todos estão presos no castelo, e após a primeira batalha contra os guardas, a fuga. A partir daí, uma série de tarefas - Quests - que variam desde derrotar monstros, coletar itens após batalhas, entre outros, a história vai se desenrolando. 

A cada jogada as coisas são decididas por jogadas de dados, então é assim que o jogo define se haverá alguma batalha aleatória ou não, ou se na batalha terão pontos extras de dano - os critical hits. Com poucos toques na tela é possível arranjar batalhas para acumular experiências, comprar itens, equipamentos, começar jornadas/quests... É um formato de RPG fantástico para jogar de forma portátil. Os sons são muito bons, mas como é um jogo portátil, normalmente tenho jogado no mudo. Os diálogos e a história são lotados de referências a clássicos de jogos, filmes e literatura relacionada a RPGs, e até alguns memes. Com frequência o mestre do jogo ou um dos jogadores dá uma de Gandalf do Senhor dos Anéis e diz: "You Shall Not Pass!", ou o mestre dá uma de Shao Khan do Mortal Kombat dizendo "Choose Your Destiny" e por aí vai. Os inimigos e locais também são lotados de referências, como um monstro chamado Missing No. em uma clara alusão ao famoso bug em Pokémon Red/Blue. E por aí vai.









O pessoal da Behold Studios acertou em cheio
na caracterização dos RPGs de mesa.

As batalhas são ágeis e divertidas, e a história segue uma série de clichês, mas em nenhum momento fica desinteressante, pois é uma brincadeira entre amigos, o que vale é a diversão das quests e vencer os monstros conjurados pelo mestre do jogo. E esse clima imaginativo é muito bem capturado nesse jogo. Existem microtransações, mas em nenhum momento foram forçadas, sendo algo completamente opcional e que em nenhum momento prejudicou a diversão desse jogo. Desenvolvido pelo estúdio brasileiro Behold Studios, Knights of Pen and Paper é um jogo absurdamente competente e bem feito, disponível para celulares e PC pela Steam. KPP é um jogo cativante e muito divertido que vai te prender até o final.  


sexta-feira, 14 de abril de 2017

Análise 54: Bosconian [Arcade]


Quando comecei este blog, não esperava que passasse de 50 análises de jogos. Registrar opiniões sobre esses jogos tão antigos hoje em dia é mais divertido do que eu esperava, e esses textos são um registro cabal da qualidade duradoura e da diversão atemporal de tais jogos. Hoje é mais um título divertidíssimo que trago para essas linhas: Bosconian, desenvolvido pela Namco e lançado por ela no Japão em 1981. No ocidente, coube à Midway o lançamento deste shooter multi direcional no mundo ocidental.

A Namco dessa vez abordou o estilo consagrado de Galaxian e Galaga de um jeito diferente: ao invés de controlar sua nave em um sentido vertical e único, você controla o veículo em todas as oito direções, atirando em naves e aliens pelo cenário. O objetivo em cada fase é destruir estações espaciais, que são compostas por seis partes mais um núcleo principal, nos quais a nave precisa atirar. Os obstáculos para isso são mísseis, minas e naves inimigas que sempre vão buscar colidir com o jogador. 






Na primeira fase as coisas começam meio que tranquilas para que os controles sejam assimilados, e logo de cara o jogador consegue perceber a inovação de um radar semi transparente na tela, mostrando os alvos a serem abatidos. A dificuldade tem um aumento rápido e vertiginoso, com as estações espaciais reagindo aos ataques e defendendo-se conforme avançamos cada fase. Os controles são intuitivos e ágeis, com uma movimentação excelente e equilibrada. Outro traço muito interessante é que a nave atira para frente e para trás, deixando tudo ainda mais dinâmico.


O visual faz bonito para a época, sendo até mais interessante que o clássico Galaga. Os sons também são avançados, sendo este um dos primeiros jogos de arcade a usar vozes digitalizadas. Imagino o impacto disto em 1981... O excelente youtuber Lord Karnage fez uma excelente análise - clique aqui. O somatório de todos esses fatores faz de Bosconian um shooter bastante divertido, apesar de ficar muito difícil rapidamente. Fui conhecer esse jogo só depois dos 26 anos de idade pela coletânea Namco 50th Anniversary do PS2. Sinceramente eu não sei por que esse jogo não é lá tão famoso quanto Galaxian, Galaga ou Pac-man. Fato é que Bosconian merece ser lembrado tanto quanto esses clássicos da própria Namco, seja pela diversão que é controlar a nave em todas as direções, seja pelas muitas inovações que esse jogo trouxe aos arcades. É meio clichê dizer isso, mas Bosconian é um clássico adormecido que vai te surpreender se ainda não jogou. 


terça-feira, 11 de abril de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 15: Terminando 1982

Nesta edição enfim terminaremos com os jogos lançados em 1982 para o Atari 2600. O volume de jogos lançados nesse ano impressiona pela quantidade, mas nem tanto pela consistência em qualidade. E mesmo assim alguns dos melhores jogos do Atari saíram neste ano, sendo inesquecíveis e clássicos até hoje. Então, sem maiores delongas, vamos ver um pouco mais do que saiu para o Atari em 1982.


Tapeworm é basicamente aquele jogo famoso da "cobrinha" que tinha naqueles mini games de feira de 352.000 jogos em um, ou nos celulares tijolões da Nokia, lembram? Pois bem. A cobrinha vai pegando partes pelo caminho e crescendo, mas neste jogo tem inimigos! Sim, além de sobreviver, é preciso evitar inimigos. Eles são absurdamente rápidos e com frequência não dá para evitar colidir com eles, somando a isso a baixa velocidade da cobrinha, o jogo fica frustrante rápido demais. Tax Avoiders lembra Elevator Action, mas é absurdamente chato. Em Towering Inferno controlamos um bombeiro que deve escapar de um prédio em chamas. É um jogo bastante bugado e frustrante por isso, não recomendo. Turmoil é um shooter diferentão: aqui controlamos uma nave no meio da tela, devendo atirar em ondas de inimigos dos dois lados, em corredores. Não tem muita graça, vale mais pela originalidade. 






Seguindo com a lista, cheguei a Venture, que tem umas ideias interessantes, com o personagem navegando por um mundo maior e entrando em salas menores atirando em inimigos. O problema é que aqui o personagem também se move com a graça e agilidade de uma placa tectônica, tirando todos a diversão que poderia haver.  Uma pena. Wabbit é uma grande porcaria! Você controla uma menina que precisa atirar em coelhos antes que peguem todas as cenouras do cenário. Que absurdo de ideia, não à toa os videogames tiveram uma crise feia nessa época. Wizard of Wor é uma mistura de Pac-man com Berzerk que até surpreendeu positivamente. Uma pena que enjoa rápido.











Seguindo em frente... Word Zapper é um shooter no qual atiramos em letras.. zzZzZZzZZzZZzz... Worm War I é um shooter vertical no qual atiramos em minhocas (!!!) em um cenário que lembra um arco-íris... que horror. Zaxxon é o grande nome desta edição, o clássico dos  fliperamas da Sega em uma versão para o Atari 2600. Logo ao começar, uma importante diferença: ao invés do visual isométrico, jogamos com uma visão por trás da nave. A versão de Atari até que faz bonito considerando o hardware, mas muito do que fazia o original de arcade divertido foi perdido. O jogo ficou lento e apesar de estar mais fácil se manter vivo nesta versão, ficou mais difícil acertar a altura da nave para acertar tiros em satélites no cenário. No geral me decepcionou um pouco, apesar de ter sido o melhor momento desta edição.

A transição para o Atari não foi muito gentil com Zaxxon

Assim terminamos finalmente com todos os jogos de Atari 2600 lançados em 1982, que podiam até dar uma Jornada inteira  por si próprios. O ano de 1983 também tem muitos jogos lançados para o Atari 2600. Vamos ver o que as próximas edições reservam para nossas jogatinas enquanto conhecemos cada vez  mais o universo do Atari 2600.

Destaques: Zaxxon.
Piores momentos: Wabbit, Word Zapper, Towering Inferno, Tax Avoiders.


terça-feira, 4 de abril de 2017

Jornada Atari 2600 Edição 14: Invasão dos Jogos de "Navinha"

Esta edição da Jornada demorou de sair do forno, porque esses dias não joguei muito Atari - na verdade não joguei muito de nada - e agora continuo com essa empreitada. Ainda falo sobre jogos de 1982, dessa vez com um volume surpreendente de shooters, infelizmente nem todos lá muito bons. Comecei bem esta leva de jogos, com Seahawk, que é um shooter que combina elementos de Defender e Scramble, com resultados mistos. Vários detalhes gráficos interessantes se juntam a bons controles e uma alta dificuldade para gerar este divertido tiroteio aéreo. Vale a jogada. Depois de me divertir um pouco com este aqui, fui para Seamonster e Space Attack. O primeiro é outro shooter mas bem chato e lerdo... não recomendo. Já o segundo é um jogo o qual não entendi mesmo... não consigo opinar.






Olha, fazer uma série de textos assim sobre o Atari 2600 não é fácil. Quando estava desanimando, veio Space Cavern, que surpreendeu. É um shooter desenfreado e muito bem feito, que me parece uma espécie de mistura de Space Invaders com Donkey Kong 3 de Nintendinho. Divertido! Space Jockey é mais um shooter , porém com progressão lateral. Nele você controla uma nave que lembra bastante o disco voador de Mystic Ark, derrubando todo tipo de veículos voadores pelo caminho. Muito difícil e divertido ao mesmo tempo, com ótimos controles, é uma pérola escondida entre os jogos do Atari 2600. Spider Fighter foi mais uma surpresa. É um jogo de tiro em tela fixa a là Space Invaders, mas com muita coisa de Centipede. Vou confessar que achei este aqui até melhor que Centipede(!!!!). Vale muito a pena jogar este aqui, mais um petardo da Activision, incrivelmente divertido. Curioso como esse título não se tornou famoso. Jogue ontem!
Spider Fighter


Depois dessas surpresas, veio o segundo jogo baseado em personagens e quadrinhos nessa Jornada: Spider-Man é um primitivo jogo de plataforma no qual se deve levar o homem aranha para o topo de um arranha céus. Pelo caminho é possível capturar criminosos nas janelas e desarmar bombas para aumentar a pontuação. Ao final da escalada temos de evitar o Duende Verde antes de chegar ao final. Nesse jogo não é possível pular, apenas usamos a teia para ir subindo. Se errar onde jogar a teia, o herói cai do prédio. É um jogo simpático, muito melhor do que Super Man por exemplo, sendo até aqui o melhor jogo baseado em quadrinhos para o Atari 2600. Mas também não é nenhuma obra prima como Pitfall!, por exemplo. Vale a jogada, de qualquer forma.




Star Strike
Squeeze Box é mais uma dessas doideiras espalhadas pelo catálogo do Atari: você está dentro de uma espécie de caixa e armado com um revólver, devendo atirar nas paredes que estão se fechando antes que elas o peguem. Mas que jogo chato! Star Strike por sua vez é bem interessante. Trata-se de um shooter espacial com visão por trás da nave, lembrando muito Star Fox. A nave passa por uma estação semelhante aos corredores da Estrela da Morte em Star Wars e é preciso evitar outras naves e atirar nelas. Não há sistema de pontuação e o jogo é lento, mas vale a pena conhecer. Star Voyager é outro jogo de nave, mas em primeira pessoa. É mais confuso e nauseante do que divertido, não recomendo. E por fim, o jogo que eu mais esperava nesta edição:  Star Wars: The Empire Strikes Back é um shooter lateral estilo Defender - parecido até demais - no qual enfrentamos os AT-AT's na batalha de Hoth, logo ao início de O Império Contra-Ataca. Eu adoro Star Wars, mas não gostei dessa versão aqui não...


Destaques: Space Cavern, Space Jockey, Spider Fighter.
Piores momentos: Seamonster, Space Attack, Squeeze Box.