quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Análise 49 - Spy Hunter [Arcade]


Mais uma semana no trabalho vai se passando e mais uma análise publicada aqui neste blog de que tanto gosto. Hoje vamos ler um pouco sobre Spy Hunter, que é um jogo de combate veicular com visão aérea lançado para os fliperamas pela incrível Midway em 1983. O jogo, que era para ser sobre os filmes de James Bond, acabou sendo somente inspirado por essas obras devido à falta de propriedade sobre a licença deles. Em Spy Hunter nós dirigimos por estradas no ultra tecnológico carro "G-6155 Interceptor" ao mesmo tempo destruindo vários veículos inimigos usando uma série de armas diferentes. É um jogo a princípio muito parecido com os jogos de naves com scroll vertical à-la Galaga. Porém ao iniciar a jogatina esta impressão muda completamente, pois Spy Hunter é bem diferentão...


De todos os gabinetes que já mostrei aqui, este é o que achei mais bonito e chamativo, disparado.


Spy Hunter e seu esquema de controle único.
O visual é bonito para o ano de 1983, estando uma geração a frente de seus pares em termos de detalhes e cores. A ação ocorre em uma ótima velocidade, com efeitos de explosões interessantes e sem nenhum sinal de lentidão mesmo com a tela cheia. A música do jogo é toda tensa, com aquele estilo de "espião letal" cheio de suspense, como nos filmes do 007. Os controles consistem em acelerar e guiar o carro, variando entre duas marchas possíveis e cada uma das várias armas disponíveis. Com esses recursos, devemos destruir alvos específicos que são mostrados na tela de abertura. Ao destruir veículos de civis o jogador é penalizado perdendo pontos. Pontos são adquiridos destruindo veículos inimigos ou jogando-os para fora da pista enquanto o carro sobrevive na pista. Conforme avançamos a estrada muda e surgem novas condições climáticas, com detalhes muito interessantes.

Os inimigos são implacáveis na tentativa de explodir o carro
Há uma diversidade surpreendente nas opções de armas, variando de poças de óleo, cortinas de fumaça e até mísseis, que podem ser recarregadas ao entrar na "van das armas" que pode ser acionada com um botão específico para isso. É possível também o carro se modificar em um barco por curtos períodos ao dirigir para dentro de uma casa de barcos - que raramente surge. A estrada do jogo é infinita e o jogo em si não tem um final. 









 


Joguei a versão presente no Midway Arcade Treasures, que eu tenho usado bastante nesse blog. Embora seja um jogo muito divertido, eu sentia que algo importante faltava, e ao pesquisar para esta postagem, ficou bem claro: a falta dos controles originais do arcade. Os controles de Spy Hunter foram bolados para passar aquele clima de estar dirigindo um carro com metralhadoras atrás de espiões, e apesar de o jogo ser divertido mesmo com o controles de PS2, fico pensando o "estrago" que o gabinete original desse jogo causou no lançamento lá em 1983... O caçador de espiões inaugurou muito bem o estilo de combate veicular popularizado por tantos outros títulos que vieram anos após, como Twisted Metal e Vigilante 8 só para citar alguns. Spy Hunter é um jogo extremamente recomendável desta época, um verdadeiro clássico, que vale a pena ser jogado.


2 comentários:

  1. Cara, tenho um carinho especial por títulos de carro em visão aérea. Inspirado por James Bond? Mais um ponto positivo, quero meu carro shaken, not stirred!
    Independente da brincadeira, teve um screenshot ai que ao bater o olho de relance deu a impressão de ser uma subida, num esquema em perspectiva, mas acho que na veradade era só a pista se alargando né.
    Curiosidade: no final dos anos 80 / início dos 90 havia um brinquedo que era uma versão muito porca desse tipo de jogo: Em vez de ser um vídeogame propriamente dito, era um jogo que você tinha uma tela aonde, pelo que me parece, por trás "rolava", literalmente, um rolo com a pista, devia ter alguns poucos "metros" de pista e o rolo ia se repetindo eternamente. O brinquedinho tinah duas marchas, que mudavam a velocidade do rolo, um volante (bem quequeno) e um esquema de inimigos que, sinceramente, deve ter pedido muita criatividade, treia sido 1000x mais simples programar um jogo do que montar uma bizarrice dessas mecânica. Mas... o resultado lembra essa jogabilidade bastante!
    Abraços, meu bom amigo :)

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  2. Sempre com classe, né meu amigo... Agora que você disse, parece mesmo ser uma subida. Não sei se era a intenção com o cenário. Que interessante esse brinquedo, nunca vi algo parecido. Deve ser uma engenhoca e tanto, imagine os mecanismos independentes para a coisa funcionar! Será que é mais antigo que o Spy Hunter? Parece-me que hoje o pessoal não cria mais esses brinquedos doidões e incríveis nesta era digital... :(

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